domingo, 28 de fevereiro de 2016

Tratamento Lombalgia

    Segundo JÚNIOR, para o tratamento da lombalgia a fisioterapia dispõe de várias técnicas de tratamento, divididas de acordo com a fase da lombalgia, sendo ela aguda, durando em média de um a sete dias, sub aguda, tendo duração de seis a doze semanas e crónica, acima das doze semanas.

 A termoterapia reduz o espasmo muscular, interrompendo-se o círculo vicioso constituído por espasmos muscular, isquemia, dor.

   A massagem dos tecidos moles tem como principais objectivos, aliviar os sintomas do paciente, principalmente a dor e o espasmo muscular.

  Mobilização e manipulação articular são métodos utilizados no tratamento de dor e diminuição da amplitude de movimento articular, tendo em vista a diminuição da dor e conservar ou aumentar as amplitudes de movimento.

  Muitos métodos conservadores como fisioterapia manual, electroterapia, técnicas de estabilização lombar dinâmica nos estágios agudos da dor, pilates fisioterapêutico, RPG, exercícios proprioceptivos supervisionados e acupunctura, entre outros são tratamentos eficazes na maioria das lombalgias.

Os alongamentos e o fortalecimento muscular também fazem parte do tratamento fisioterapêutico da lombalgia. 

 Baseado no sistema estabilizador da coluna, surgem algumas intervenções fisioterapêuticas para o tratamento da lombalgia. Entre as quais, exercícios para os músculos transverso do abdómen, multífidos e diafragma, os quais Goldby et al. (2006) demonstrou ser mais eficaz que a terapia manual e as orientações para casa em relação á dor, incapacidade e qualidade de vida.

  Da mesma maneira, Rainville et al. (2004) descreveram um programa a longo prazo foi eficaz não só no tratamento da dor e na incapacidade, mas também trouxe aumento de força muscular e flexibilidade, e Ahlqwist et al. (2008) observou a importância da correcção postural durante os programas de tratamento.

  Durante o tratamento aconselha-se o paciente a evitar esforços e não realizar actividades físicas para evitar a dor nas costas e a sobrecarga nas articulações. Assim como ensinar o paciente a ter uma boa postura durante todo o dia e toda a noite, também é uma parte muito importante no tratamento da lombalgia visto que a má postura é uma das causas mais comuns do seu desenvolvimento.

  Para casa, o paciente pode realizar os exercícios executados nas sessões de fisioterapia, e em caso de dor poderá utilizar uma botija de água morna para aliviar a dor, durante aproximadamente 20 minutos, antes de deitar e as massagens de relaxamento também podem ser indicadas para alívio da dor e melhorar a circulação sanguínea local.





Referências:
  • GOLDBY, L. J.; MOORE, A. P.; DOUST, J.; TREW, M. E. A randomized controlled trial investigating the efficiency of musculoskeletal physiotherapy on chronic low back pain disorder. Spine, Philadelphia, v. 31, n. 10, p. 1083-1093, 2006.
  • Junior , M . H Goldenfum, M. A., & Siena,C. (2010). Lombalgia ocupaci onal. Rev Assoc Med Bras,pp 583-589.
  • RAINVILLE, J.; HARTIGAN, C.; JOUVE, C.; MARTINEZ, E. The influence of intense exercise-based physical therapy program on back pain anticipated before and induced by physical activies. Spine, Philadelphia, v. 4, n. 2, p. 176-183, 2004.
  • AHLQWIST, A.; HAGMAN, M.; KJELLBY-WENDT, G.; BECKUNG, E. Physical therapy treatment of back complaints on children and adolescents. Spine, Philadelphia, v. 33, n. 20, p. 721-727, 2008.
  • NIEMAN, DC - Exercício e saúde. São Paulo: Manole, 1999.
  • COX, James M. Dor Lombar. 6. ed. São Paulo: Manole, 2002.
  • BUCHALLA, Anna Paula; POLES, Cristina. É hora de atacar o sofrimento. Revista Veja n. 1 737- 6 de fev de 2002.
  • SLEUTJES, Lucio. Anatomia humana: podemos ser práticos e ir direto ao assunto? São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2004.
  • RASCH, Philip J. CINESIOLOGIA E ANATOMIA APLICADA. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.
  • KISNER, Carolyn. Exercícios Terapêuticos: fundamentos e técnicas. 3. ed. São Paulo:. Manole LTDA, 2002.
  • Durante, H; Vasconcelos, E.C.L.M. Comparação do método Isostretching e cinesioterapia convencional no tratamento da lombalgia. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 30, n. 1, p. 83-90, jan./jun. 2009. 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Lombalgia





   A lombalgia é um conjunto de manifestações dolorosas que acometem a região lombar, lombosacral ou sacroilíaca. Essas manifestações estão entre as mais comuns apresentadas pelo ser humano. Muitos episódios de dor lombar podem ser eliminados automaticamente sem nenhum tratamento específico. No entanto, um número significativo destes torna-se crónico, continuando sintomatologia por tempo indefinido. A sintomatologia mais apresentada pelos pacientes:


  •         Dor;
  •      Fraqueza e desequilíbrios musculares;
  •         Diminuição da flexibilidade;
  •         Tensão da musculatura paravertebral;
  •         Diminuição da mobilidade articular;
  •    Irradiações para uma ou ambas as nádegas, ou para as pernas na distribuição do nervo ciático;
  •         Contracturas;
  •    Incapacidade de ficar sentado ou em pé por muito tempo, sendo necessário adoptar novas posições para ficar sentado, dormir ou caminhar.

Etiologia


  A lombalgia pode ser desencadeada por diversas causas, tais como: condições congénitas, inflamatórias, infecciosas, tumorais, acometimentos degenerativos ou traumáticos no disco intervertebral ou no corpo vertebral, hérnias discais, elevada sobrecarga nas actividades no trabalho, posturas de trabalho estáticas e sentadas, horas de trabalho excessivas, movimentações excessiva com mecanismos de flexão e rotação da coluna, factores psicológicos, inactividade física, flexibilidade e força reduzidas, obesidade e hábitos tabágicos.

Avaliação


A avaliação em fisioterapia engloba os seguintes aspectos:


  •    Anamnese contendo história da lombalgia atua, antecedentes pessoais, antecedentes familiares traumas anteriores, características do trabalho.  
  •    Inspecção da postura, da marcha, de possíveis cicatrizes e contracturas musculares. 
  •   Palpação para verificar a presença de dor, palpação da musculatura e da osteologia.
  •   Avaliação objectiva da dor.
  •     Avaliação da amplitude de movimento da coluna lombar.
  • Testes ortopédicos tais como teste de instabilidade segmentar, teste de extensão lombar com o apoio somente de uma perna.
  •  Testes neurológicos motores, sensitivo e reflexo. 

Referências
  • SLEUTJES, Lucio. Anatomia humana: podemos ser práticos e ir direto ao assunto? São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2004.
  • RASCH, Philip J. CINESIOLOGIA E ANATOMIA APLICADA. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.
  • KISNER, Carolyn. Exercícios Terapêuticos: fundamentos e técnicas. 3. ed. São Paulo:. Manole LTDA, 2002.
  • NIEMAN, DC - Exercício e saúde. São Paulo: Manole, 1999.
  • COX, James M. Dor Lombar. 6. ed. São Paulo: Manole, 2002.
  • BUCHALLA, Anna Paula; POLES, Cristina. É hora de atacar o sofrimento. Revista Veja n. 1 737- 6 de fev de 2002.
  • GOLDBY, L. J.; MOORE, A. P.; DOUST, J.; TREW, M. E. A randomized controlled trial investigating the efficiency of musculoskeletal physiotherapy on chronic low back pain disorder. Spine, Philadelphia, v. 31, n. 10, p. 1083-1093, 2006.
  • RAINVILLE, J.; HARTIGAN, C.; JOUVE, C.; MARTINEZ, E. The influence of intense exercise-based physical therapy program on back pain anticipated before and induced by physical activies. Spine, Philadelphia, v. 4, n. 2, p. 176-183, 2004.
  • AHLQWIST, A.; HAGMAN, M.; KJELLBY-WENDT, G.; BECKUNG, E. Physical therapy treatment of back complaints on children and adolescents. Spine, Philadelphia, v. 33, n. 20, p. 721-727, 2008.
  • Durante, H; Vasconcelos, E.C.L.M. Comparação do método Isostretching e cinesioterapia convencional no tratamento da lombalgia. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 30, n. 1, p. 83-90, jan./jun. 2009.
  • Junior , M . H Goldenfum, M. A., & Siena,C. (2010). Lombalgia ocupaci onal. Rev Assoc Med Bras,pp 583-589.
  • Pires, R A , & Dumas F. L (dezembro de 2008) Lombalgia : revisão de conceitos e métodos de tratamentos. Universitas: ciências da saúde.
  • Cipriano,J. J. (2005). Manual Fotográfico de testes Ortopédicos e Neurológicos. Brasil: Manole.
  • Maddalena, M. L. Lombalgia Aguda. CAPÍTULO 137, pp.1193-1199.


Coluna Vertebral

  A Coluna Vertebral é uma estrutura complexa composta por 33 vértebras e apresenta cinco regiões que se dividem em: cervical, constituída por 7 vértebras; torácica, constituída por 12 vértebras; lombar, constituída por 5 vértebras; sacral, constituída por 5 vértebras; cóccix, constituída por 4 vértebras.





  Segundo SLEUTJES, a coluna vertebral é o eixo de sustentação do corpo humano, esta comunica com o sistema nervoso central bem como com o sistema nervoso periférico através da medula espinhal.

  A coluna é um segmento complexo de grande importância para o funcionamento do corpo humano, responsável por sustentar a posição bípede do Homem, extremamente sacrificada no que se refere ao desenvolvimento humano, visto que, o homem moderno tem estado cada vez mais envolvido em actividades longas e por vezes, ergonomicamente desrespeitadas nos locais de trabalho, com isso, há um maior desgaste e stress da coluna vertebral que pode levar ao aparecimento de patologias, como lombalgias, hérnia de disco, hipercifoses, escolioses, hiperlordoses, entre outras.




  Segundo VIGUÉ-MARTIN (2006), a principal musculatura da região lombar é formada pelos músculos multífidos, transverso do abdómen, obliquo externo do abdómen, obliquo interno do abdómen, grande recto do abdómen, quadrado lombar, interespinhosos, intertransversos e iliocostal. Na região lombar também se encontra a fáscia toracolombar e a fáscia lomboilíaca.


  Segundo ASSIS e GOUVEIA (2008), os músculos multífidos e transverso do abdómen são músculos profundos em que o seu principal papel é serem activados antes do início dos movimentos sendo assim estruturas essenciais para estabilizar a coluna lombar.



Referências:

  • SLEUTJES, Lucio. Anatomia humana: podemos ser práticos e ir direto ao assunto? São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2004.
  • Vigué-Martin (2006) Grande Atlas do Corpo Humano.Lisboa:Climepsi.
  • ASSIS, R. O. (abril de 2008) ESTUDO ELETROMIOGRÀFICO SOBRE A FUNÇÃO DOS MUSCULOS MULTÍFICIOS LOMBARES. Dissertação de Mestrado apresentado á Universidade São Judas Tadeu.
  • Gouveia K. M, & Gouveia , E. C. (setembro de 2008). O MÚSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL E A SUA FUNÇÃO DE ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA LOMBAR .Fisioter.Mov. , pp. 45-50.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Protocolo de reabilitação para o tratamento conservador da fratura de Colles



Fase aguda (0-8 semanas)



Objectivos: Protecção com tala para o antebraço; controlo da dor e do edema; manutenção da amplitude de movimento dos dedos, cotovelo e ombro.

Intervenções:

Ø  Mobilização passiva e activa dos dedos, cotovelo e ombro;
Ø  Elevação de mão e dedos para controlar o edema;
Ø  Remover tala para o antebraço entre 6-8 semanas.

Fase sub-aguda


Objectivos: controlo da dor e edema (TENS , gelo); ganho de amplitude de movimento; retorno progressivo às actividades da vida diária (AVD´s).

Intervenções:

Ø  Mobilização passiva e ativa dos dedos, cotovelo e ombro;
Ø Mobilização para flexão/extensão do punho, supinação/pronação do antebraço;
Ø Mobilização passiva de baixa carga e alongamento prolongado.

Fase final


Objectivos: Recuperar a totalidade da amplitude de movimento; iniciar o fortalecimento; retorno total às actividades da vida diária (AVD´s).

Intervenções:

Ø  Continuar todos os exercícios de amplitude de movimento;
Ø  Progredir para o fortalecimento de todas as articulações.


Referências:
  •    American Physical Therapy Association. Guide to physical therapist practice. 2nd edition. American Physical Therapy Association. Phys Ther. 2001;81(1):9-746.
  •       Smith D, Henry M. Volar fixed-angle plating of the distal radius. J Am Acad Orthop Surg. 2005;13:28-36.
  •     Slutsky DJ, Herman M. Rehabilitation of distal radius fractures: a biomechanical guide. Hand Clin. 2005;21(3):455-468.
  •      Krischak GD, Krasteva A, Schneider F, Gulkin D, Gebhard F, Kramer M. Physiotherapy after volar plating of wrist fractures is effective using a home exercise program. Arch Phys Med Rehabil. 2009;90(4):537-544.
  •      Kisner CC, LA. Therapeutic exercise. foundations and techniques. 5th ed.  Philadelphia: F.A. Davis Company; 2007:928.
  •  Pho C, Godges J. Colles' fracture. KPSoCal Ortho PT Residency: http://xnet.kp.org/socal_rehabspecialists/ptr_library/04WristandHand%20Region/20Wrist-CollesFracture.pdf


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Protocolo de reabilitação para o tratamento cirúrgico da fratura de Colles





Fase aguda (1-3 semanas)

Objectivos: proteger a sutura cirúrgica; controlo da dor e do edema (TENS e gelo); manutenção da amplitude de movimento dos dedos, cotovelo e ombro;

 Intervenções:

Ø  Elevação
Ø  Mobilização passiva suave de punho e antebraço
Ø  Mobilização ativa dos dedos, cotovelo e ombro
Ø  Imobilização estática a 300 de extensão do punho para durante o dia
Ø  Retorno gradual a AVD´s que envolvam pesos menores que 2Kg


Fase sub-aguda (4-7 semanas)

Objectivos: protecção; controlo da dor e edema (TENS , gelo, massagem); aumentar a amplitude de movimento;

Intervenções:

Ø  Mobilização passiva de carga baixa e alongamentos prolongados dos movimentos do punho
Ø  Interromper progressivamente o uso da tala
Ø  Aumentar as AVD´s dentro da tolerância do paciente


Fase final (8-12 semanas)

Objectivos: amplitude de movimento completa; começar o fortalecimento;

     Intervenções:

Ø  Mobilização ativa de todos os movimentos do punho progredindo para exercícios isométricos e, em seguida, exercícios resistidos com halteres e elásticos
Ø  Fortalecimento da preensão plantar AVD´s avançadas





Referências:
  • American Physical Therapy Association. Guide to physical therapist practice. 2nd edition. American Physical Therapy Association. Phys Ther. 2001;81(1):9-746.
  • Smith D, Henry M. Volar fixed-angle plating of the distal radius. J Am Acad Orthop Surg. 2005;13:28-36
  • Slutsky DJ, Herman M. Rehabilitation of distal radius fractures: a biomechanical guide. Hand Clin. 2005;21(3):455-468.
  • Krischak GD, Krasteva A, Schneider F, Gulkin D, Gebhard F, Kramer M. Physiotherapy after volar plating of wrist fractures is effective using a home exercise program. Arch Phys Med Rehabil. 2009;90(4):537-544.
  • Kisner CC, LA. Therapeutic exercise. foundations and techniques. 5th ed. Philadelphia: F.A. Davis Company; 2007:928.
  • Pho C, Godges J. Colles' fracture. KPSoCal Ortho PT Residency: http://xnet.kp.org/socal_rehabspecialists/ptr_library/04WristandHand%20Region/20Wrist-CollesFracture.pdf








segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Fratura de Colles

A fratura de Colles é uma fratura distal do rádio que ocorre até 2,5 cm acima do punho e com angulação dorsal no local da fratura. O mecanismo mais comum de lesão é uma queda sobre a mão, ao tentar amparar a queda.


Sinais e sintomas/ Diagnóstico


  • Por vezes o paciente ouve o ruído da fractura no momento da lesão
  • Dor intensa, inchaço e sensibilidade no punho
  • Normalmente existe história de queda com os braços estendidos à frente do corpo
  • Deformidade característica e visível, com um desvio da mão para trás e para o lado.

Embora haja um bom prognóstico para fazer uma recuperação completa, os seguintes fatores podem influenciar a consolidação da fratura e recuperação mais lenta:

  •    A idade do paciente;
  •   O carácter da fratura;
  •   Doenças sistémicas;
  •   Doença óssea;
  •   Osteoporose e osteopenia.



Com base no Guide to Physical Therapist Practice, desenvolvido pela APTA, o prognóstico para uma fratura de Colles tratada conservadoramente é de 3-6 meses de reabilitação pós-fratura (entre 6-18 tratamentos de fisioterapia), quando tratada cirurgicamente, a reabilitação para uma fratura de colles estima-se entre 1-8 meses (entre 6-70 tratamentos de fisioterapia).




Exercícios terapêuticos para as fracturas do rádio

Os seguintes exercícios são geralmente prescritos após a confirmação de que a fractura está consolidada. Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.



Flexão/extensão do punho

Com o antebraço apoiado. Dobre o punho, ficando com a palma da mão virada para si e os dedos para baixo. Rode o punho para cima, ficando a palma da mão virada para a frente e os dedos para cima.





Desvio radial/desvio cubital

Com o antebraço e mão apoiados, rode a mão para fora e depois para dentro.

Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.


             Proprioceção do punho

       Agarrando uma bola na mão, faça movimentos circulares com o punho enquanto pressiona a bola.
       Repita entre 20 e 30 movimentos, desde que não desperte nenhum sintoma.



  • Referências: American Physical Therapy Association. Guide to physical therapist practice. 2nd edition. American Physical Therapy Association. Phys Ther. 2001;81(1):9-746.

Nota: Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Recuperação pós AVC- Dicas para a família

Um dos maiores obstáculos para os cuidadores é o conhecimento, nas primeiras semanas após um acidente vascular cerebral, terá muito a aprender. Aproveite todos os momentos para aprender sobre a doença e o prognóstico, converse com o fisioterapeuta sobre como será o processo de reabilitação e como pode ajudar durante o tempo que o paciente esta em casa. Mas deve ter consciência do caminho que tem pela frente irá ajuda-lo a controlar receios infundados e a transmitir mais confiança ao seu familiar, para que ele consiga aplicar-se a 100% na recuperação.
Como disse anteriormente, participe do programa de reabilitação, e em algumas sessões de fisioterapia para que possa apoiar o seu familiar durante a recuperação. Incentive o paciente a praticar novas habilidades, não tente sempre ajudar. Não faça demais, seja solidário, e permita que o paciente faça as coisas por si mesmo. Mesmo pequenas realizações vão ajudar o seu ente querido a tornar-se mais auto-suficiente e confiante.
Lembre-se que você não pode fazer tudo. Tente ser realista consigo próprio acerca daquilo que pode suportar e daquilo com o que pode vir a precisar de ajuda.

Voltar a casa após um AVC



  • Considere a segurança. Pergunte ao fisioterapeuta/terapeuta ocupacional, se precisa fazer alguma coisa para tornar a casa mais segura. Pode precisar mudar o quarto para outro andar para evitar escadas, livrar-se de tapetes para ajudar a prevenir quedas, ou colocar barras de apoio e assentos na sanita e chuveiro.
  • Esteja preparado para mudanças de comportamento ou de humor. Há uma série de emoções que surgem na sequência de um acidente vascular cerebral. Não ajuda dizer ao seu ente querido que sabe como ele se sente, porque na realidade você não tem como saber. Em vez disso, ofereça o seu amor, paciência e apoio. Pode ser difícil ver um ente querido sofrer, mas sentir dor/tristeza é uma das fases que é necessário ultrapassar no processo de aceitar a vida após um acidente vascular cerebral.
  • Esteja atento a sinais de depressão. 30% a 50% dos sobrevivente de AVC são afectados pela depressão. A depressão pode interferir com a recuperação. Peça ao seu médico que indique sinais/sintomas a que deve estar atento.
  •  Conhecer os fatores de risco para um segundo AVC. Existe um risco mais elevado para um segundo acidente vascular cerebral, por isso é importante ajudar a minimizar esse risco. Prepare refeições saudáveis, baixo teor de gordura, incentive o exercício, torne a sua casa numa zona livre de fumo, e certifique-se que o seu familiar toma os medicamentos prescritos e vai às consultas médicas marcadas.

  Na imagem a seguir, pode visualizar um resumo sobre o tema em questão, assim como alguns exercícios que o paciente pode realizar em casa.



sábado, 6 de fevereiro de 2016

Tratamento PÓS-AVC

O tratamento de AVC pode englobar a terapêutica farmacológica, a reeducação neuromuscular, a hidroterapia, a crioterapia, e as técnicas de Bobath (Cancela, 2008; Correia, 2010; Abdon, 2008; Piassaroli, 2012).



Ao longo deste post, vou colocar alguns exercícios que se podem realizar em pacientes em recuperação pós acidente vascular cerebral.


Coloco aqui também sites com mais exercícios para consulta. 


Referências
  • Cancela, D. (2008) O Acidente Vascular Cerebral – classificação, principais consequências e reabilitação.
  • Correia, A.; Silva, J.; Silva, L.; Oliveira, D.; Cabral, E. (2010) Crioterapia e cinesioterapia no membro superior espástico no acidente vascular cerebral. Fisioter. Mov. 23 (4): 555-563.
  • Abdon, A.; Dias, A.; Melo, A.; Luna, M. (2008) Os efeitos da bola suiça nos pacientes portadores de hemiplégia por acidente vascular cerebral. Rev. Bras. Em Promoção de Saúde. 21 (4): 233-239.
  • Piassaroli, C; Almeida, G.; Luvizollo, C.; Suzan, A. (2012) Modelos de Reabilitação Fisioterapeutica em pacientes adultos com sequelas de AVC. Rev. Neurocienc. 20 (1): 128-137


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Avaliação Neurológica (AVC)

No que refere à avaliação objectiva, os pontos a avaliar são a qualidade de tónus, a avaliação postural, os reflexos osteotendinosos, o equilíbrio, a qualidade da marcha, a força muscular, a coordenação motora e a sensibilidade (Marsura et al., 2012).

Na imagem seguinte pode visualizar uma opção de avaliação, com utilização de quadros para o seu registo.



Além destes tópicos, pode também recorrer a algumas escalas de avaliação, fazendo com que esta seja ainda mais completa, segue-se então uma lista com algumas dessas escalas:

Referência: Marsura, A.; Santos, M.; Silva, M.; Sena, R.; Mendes, T.; Leite, A.; Silva, A. (2012) A interferência da alteração de tônus sobre a reabilitação fisioterapêutica após lesões neurológicas. Saúde em Foco, 7-11. 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

AVC- Acidente Vascular Cerebral


O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “um sinal clínico de desenvolvimento rápido de uma perturbação focal, da função cerebral de possível origem vascular e com mais de 24 horas”, ou seja o AVC, popularmente conhecido por “derrame cerebral” ocorre quando existe uma interrupção súbita do fluxo sanguíneo numa determinada área do cérebro, ocorrendo uma diminuição da actividade dessa mesma área (Scalzo et al., 2010).
Quanto à classificação pode ser dividido em dois tipos: em AVC Isquémico ou AVC Hemorrágico (Abdon et al., 2008).
Os principais fatores de risco para a ocorrência de um AVC são a hipertensão arterial, o tabagismo, diabetes Mellitus, a arteriosclerose, a obesidade, arritmias cardíacas, doenças das válvulas, dilatações do coração, sedentarismo, hereditariedade e a idade (Cancela, 2008).
Os sinais clínicos apresentados estão relacionados directamente com a localização e extensão da lesão, bem como a presença de irrigação colateral. Assim as principais manifestações clinicas observadas nos AVC’s são as alterações das funções sensitivas, motoras, de equilíbrio e de marcha, o défice cognitivo e de linguagem (Scalzo et al., 2010).
A alteração do tónus muscular é uma das funções motoras que também acontece após um AVC, podendo o hemicorpo afectado apresentar um estado de flacidez sem movimento, ou seja o tónus muito baixo (hipotonia), ou pode apresentar espasticidade, o individuo não consegue iniciar o movimento, mas apresenta um aumento da resistência ao movimento passivo. Esta acontece quando existe lesão ao nível da porção piramidal do sistema motor, podendo ser comprovada através do sinal de Babinsky. (Cancela, 2008; Correira et al., 2010).
O equilíbrio e a marcha num individuo que sofreu um AVC também vão estar alterados, uma vez que este apresenta perda do controlo postural, que é a base para a realização de movimentos voluntários normais especializados. Este mecanismo de controlo postural é constituído por três grupos: as reacções de rectificação (mantem a posição normal da cabeça no espaço), as reacções de equilíbrio (reacções automáticas ás alterações de postura e movimento) e as reacções de extensão protectiva (reacções de equilíbrio e rectificação são insuficientes), assim num individuo que sofreu um AVC as reacções posturais automáticas não funcionam no hemicorpo afectado, dificultando desta forma o manter na posição de pé, o andar, as AVD’s (Cancela, 2008).

As alterações de sensibilidades também são muito frequentes após um AVC, as mais visíveis são os défices sensoriais superficiais, proprioceptivos e visuais (Cancela, 2008).

Após um AVC também pode haver alterações da função perceptiva, na comunicação, no comportamento, estas manifestações levam a limitações na realização das actividades de vida diária e restrições no convívio social (Scalzo et al., 2010).

Referências:
  •   Abdon, A.; Dias, A.; Melo, A.; Luna, M. (2008) Os efeitos da bola suiça nos pacientes portadores de hemiplégia por acidente vascular cerebral. Rev. Bras. Em Promoção de Saúde. 21 (4): 233-239.
  • Cancela, D. (2008) O Acidente Vascular Cerebral – classificação, principais consequências e reabilitação.
  • Correia, A.; Silva, J.; Silva, L.; Oliveira, D.; Cabral, E. (2010) Crioterapia e cinesioterapia no membro superior espástico no acidente vascular cerebral. Fisioter. Mov. 23 (4): 555-563.
  •  Scalzo, P.; Souza, E.; Moreira, A.; Vieira, D. (2010) Qualidade de vida em pacientes com Acidente Vascular Cerebral: clinica de fisioterapia Puc Minas Betim. Ver. Neurociencia. 18 (2): 139-144.